Em um mercado cada vez mais competitivo, existem muitas empresas de comunicação visual que estão encontrando seu “oceano azul” focando em serviços de valor agregado. Essas empresas normalmente rodam muito pouco em suas impressoras e focam muito na prestação de um serviço diferenciado. O estimulo inicial dessas empresas foi perceber, antes que as outras, que a concorrência veio para ficar. Não quero afirmar que a pequena empresa que abriu as portas a 6 meses e que está atacando seus clientes vai sobreviver. Mas, citando Raul Seixas: “você mata uma. E vem outra em meu lugar”.
Uma das alternativas é usar a experiência de anos no mercado e agregar valor ao serviço. Se você, empresário, acredita que outras empresas de comunicação visual podem vender o mesmo produto que você comercializa, neste caso é preciso fugir da concorrência. A maioria das empresas que eu atendo, que comercializem serviços com alto valor agregado, normalmente entram no cliente por falhas deixadas pela concorrência. Ao agarrar a oportunidade a tática não é entregar um produto melhor do que o concorrente. A tática mais usual é incrementar com um serviço mais diferenciado e personalizado, ou seja, de valor agregado. Citando alguns exemplos poderia destacar alguns:
Justamente por ter um diferencial em relação as demais empresas o valor dos serviços tende a ser mais elevado e possivelmente mais lucrativo.
Mas existe um ponto que muitas empresas que comercializam produtos com valor agregado costumam pecar. Como essas empresas imprimem muito pouco em relação ao faturamento, elas não dão tanta importância ao custo, ou não sabem como gerenciá-lo. Muitas empresas de comunicação visual que utilizam soluções de software para gráfica off set, ou que são má orientadas por consultores, acabam adotando a metodologia RKW. Volto a repetir, RKW não funciona para a comunicação visual. O que acaba ocorrendo é que a empresa não tem noção da lucratividade de seu serviço e muito menos do custo. Como o valor agregado é elevado muitas acham que dão lucro, só que no final do mês as contas não fecham.
O primeiro ponto para a gestão do valor agregado é ter centros financeiros exclusivamente para eles, separando do resto do segmento de comunicação visual. Isto serve tanto para a receita quanto para a gestão dos custos. Os gastos com deslocamento e estadias de funcionários também dever ser gerenciados por projetos. Ou seja, a gestão desses serviços deve ser financeira e contábil, uma vez que o custo de matéria-prima tende a ser baixo. Deve-se ter atenção especial a controle de horas extras e materiais utilizados. Nas empresas que focam em estruturas metálicas é fundamental uma gestão de estoque para controlar sobras e perdas. Analisando os resultados com seu contador ou um bom consultor financeiro, é possível identificar pontos críticos e de sucesso.
Em síntese, não é porque o oceano é azul que ele vai deixar de ser turbulento. Os serviços de valor agregado são uma alternativa para se sobressair à concorrência, mas não tem como fugir do trabalho de gerir a empresa.